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Quartinho dos bebês e o sexto mês

O sexto mês não foi dos mais fáceis porque foi a primeira vez que fiquei ausente de uma consulta de pré-natal. Como fizemos uma pequena reforma em casa para receber os pequenos, Marina foi para a casa da mãe em Belo Horizonte e fiquei resolvendo as coisas práticas. Durante esse mês os móveis chegaram. Os berços são muito bonitos, assim como a cômoda. Mas pelo volume de coisas acho que em pouco tempo vamos precisar de um armário maior. A decoração também foi acertada e definida.


Infelizmente, e foi até menos assustador porque sabíamos que poderia acontecer, novos casos de sangramento aconteceram. Em um deles, forte, saímos correndo de Sete Lagoas para Belo Horizonte ainda de madrugada de uma sexta para sábado. Apesar de sabermos que poderia acontecer esse tipo de situação é sempre muito assustador e difícil de lidar porque a gente não sabe como vai reagir. Outros dois casos menos graves aconteceram ainda dentro do sexto mês.


Em todos os episódios fomos muito bem recebidos no hospital aonde os gêmeos iriam nascer e o resultado dos exames apontavam que a placenta baixa seria a mais provável causadora dos inconvenientes. Fomos “aprendendo”, se é que tem como, a lidar com isso ao longo da gestação.


O que achei que estava livre de acontecer de novo, aconteceu. Para mim nunca foi fácil lidar com isso, mas nesse caso fui obrigado a concordar com Marina. Trocamos a médica e foi uma das melhores coisas que fizemos durante a gravidez. Pena não ter acontecido antes, mas tudo tem sua hora. A médica com quem consultávamos era muito seca no trato e em uma consulta sugeriu que o útero precisasse ser retirado durante o parto. Essa foi a gota d’água já que nenhum médico havia falado nisso. Para piorar ela disse que precisaria de um cirurgião durante o parto, caso necessário. Mas como uma obstetra não faz uma cirurgia para retirada do útero?


Depois de uma tentativa frustrada conseguimos horário com um médico muito recomendado pela minha cunhada que teve os dois filhos por ele. O primeiro contato foi muito positivo e cativou pela educação e atenção. Pode parecer bobagem, mas o cara é de uma atenção que ainda não tínhamos encontrado. Mesmo com a gravidez já avançada ele aceitou assumir o caso e fazer o parto.


A essa altura Melissa e Mateus já estavam com mais de um quilo e crescendo a cada dia. O médico sugeriu que Marina ficasse na casa da mãe, em Belo Horizonte, caso acontecesse nova eventualidade de hemorragia. A recomendação foi difícil de ser digerida. Primeiro porque nossa casa estava ficando pronta para receber os gêmeos e sair de lá nesse momento não tinha passado pela cabeça dela. E, segundo, pela licença do trabalho que ainda não estava prevista


Mas um novo caso de sangramento fez com que aceitássemos a ideia com mais facilidade. Realmente foi o correto a se fazer. Fiquei em Sete Lagoas arrumando as coisas e Marina de repouso na casa da mãe. Todos os fins de semana eu ia vê-la e matar um pouco da saudade. Ver aquele barrigão, agora de tempo em tempo, dava mais noção de como crescia. E os movimentos dos dois então, como faziam bagunça. Aquele lugar estava ficando apertado para eles.

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