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“Chegou o grande dia”

“Tuco acorda, chegou o grande dia”. Com essa frase Marina me acordou no sábado, 16 de abril de 2016. Depois de exatamente 33 dias havia chegado a hora de levar os pituquinhos embora do hospital. Alegria? Claro, mas também ansiedade, medo, insegurança e vários outros sentimentos passaram pela cabeça desde o momento em que me levantei até o meio da tarde daquele sábado quando chegamos a Sete Lagoas com nossos filhos.


Como mais um dia de visita chegamos na UTIP pela manhã daquele dia e fomos ver os dois. Já sabendo da novidade alguns pais perguntavam se íamos embora mesmo. Diante da resposta positiva todos parabenizaram e desejaram sorte. Foi o mesmo desejo que fiz a todos que ficaram por ali mais algum tempo. O desejo era ver aquela sala vazia, mas o ciclo precisava seguir e outros bebês já esperavam nossas vagas na UTIP.


A tensão era perceptível em nossas atitudes. Quando a médica pediu para desligarem os oxímetros dos bebês pensei comigo. Agora não tem mais jeito, a responsabilidade é nossa mesmo. A propósito, para quem não sabe, oxímetro é o aparelho que fica ligado ao bebê que monitora a saturação e a frequência cardíaca. Todas as vezes em que a oxigenação do bebê caía e gente chamava a técnica de enfermagem responsável. Em casa vou chamar quem?


Enfim, recebemos as orientações médicas da alta, que não foram poucas, os relatórios dos bebês e o desejo de sorte e benção de todas as pessoas que nos viram carregando nossos filhos da saída da UTIP até a porta da rua no hospital. Muita gente que nem nos conhecia veio nos parabenizar. Foi um dia realmente muito especial e, logicamente, inesquecível.


Claro que nossos familiares também estavam lá para ver os bebês e passarem uma força e carinho bacanas. Como agradecimento dei um bombom a cada pessoa da UTIP, dos médicos até as recepcionistas da secretaria do andar. O carinho que todos tiveram com nossos filhos precisava ser valorizado, o que deve acontecer todos os dias para aquelas pessoas. Foi um ato simples, mas de coração.


De tudo o que vivi nesses últimos meses ficaram alguns ensinamentos. O primeiro e mais importante de todos é que por mais que nos preparemos para a paternidade nunca estaremos totalmente prontos. É um aprendizado diário e que tenho certeza vai se intensificar de agora em diante.


Outra lição valiosa é que devemos apoiar, incentivar e, acima de tudo, participar intensamente da gravidez de nossas mulheres. Depois disso tudo vi que mulher é muito, mas muito, mais homem que qualquer homem. Não é fácil ser mãe por isso a participação e apoio do homem é fundamental para que o equilíbrio da relação seja mantido nesse momento de mudança e novidades. Afinal de contas, a gente não sabe como vai ser, apenas imagina.


Agora, se me dão licença, vou ali trocar algumas fraldas e pegar meus filhos no colo para que eles possam arrotar antes de dormirem já que não posso amamentar. Eu era uma pessoa e sou outra muito melhor depois que meus filhos nasceram. Sei que o caminho é longo e quero melhorar dia após dia para que eles se orgulhem do pai que tem. Não posso prometer ser o melhor de todos os pais, mas, com certeza, serei o melhor que puder ser. Vamos em frente!


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